A crescente digitalização dos serviços financeiros e o advento de novos meios de pagamento têm transformado radicalmente a forma como interagimos com o dinheiro. Embora essas inovações tragam comodidade e eficiência para os consumidores, elas também abrem espaço para o surgimento de novas formas de fraudes. O cenário atual é dinâmico e desafiador, com cibercriminosos aprimorando constantemente suas técnicas para explorar vulnerabilidades em sistemas e processos.
De acordo com a Cybersecurity Ventures, as perdas globais causadas por crimes cibernéticos estão projetadas para atingir US$ 10,5 trilhões anuais em 2025, um aumento significativo em relação aos US$ 3 trilhões registrados em 2015. No Brasil, a situação também é preocupante. Segundo a Serasa Experian, em 2023 foram registradas quase 10 milhões de tentativas de fraude no país, o que representa 19 tentativas a cada minuto – um número 1,5 vezes maior do que o registrado em 2021.
Os fraudadores modernos são adversários altamente capacitados. Operam em redes organizadas, muitas vezes transnacionais, e utilizam tecnologias sofisticadas, incluindo a própria Inteligência Artificial, para aprimorar seus ataques. Essas organizações criminosas inovam constantemente, explorando novas vulnerabilidades e adaptando-se às medidas de segurança implementadas pelas empresas.
O uso de IA por fraudadores permite a criação de ataques mais personalizados e eficazes. Por exemplo, deepfakes – vídeos gerados por IA “imitando” pessoas reais – podem enganar sistemas de verificação de identidade; mensagens de phishing podem ser geradas e otimizadas por Inteligência Artificial para parecerem ainda mais autênticas. Essas são duas das inúmeras maneiras que a tecnologia tem servido como alicerce dos cibercriminosos. Esse cenário global e dinâmico exige que as empresas adotem estratégias antifraude igualmente avançadas e eficientes. Não se trata apenas de reagir aos ataques, mas de antecipá-los e preveni-los proativamente. A rapidez na detecção e resposta é crucial para minimizar os impactos financeiros e reputacionais das fraudes.
Fonte: ITFORUM,2025.