Futurecom 2024 une entidades e instituições representativas em sua 24ª edição

Nesta edição, o Congresso Futurecom terá três trilhas de conteúdos e abordará novas verticais como mineração e utilities, que irão se juntar aos setores de agro, varejo, saúde, logística, indústria e governo para apresentar tendências, inovações e soluções sobre o impacto das novas relações homens versus máquinas.

A 24ª edição do Futurecom, evento de conectividade, inovação e tecnologia da América Latina – que será realizado de 8 a 10 de outubro, no São Paulo Expo, em São Paulo – terá o conteúdo de seu congresso e exposição enriquecido pela participação e o trabalho de várias associações e entidades de classe dos setores que envolvem as TICs.

Parceiras tradicionais da plataforma Futurecom, entidades como Institute of Electrical and Electronic Engineers (IEEE), Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), Brasscom-Contribuição para o Plano Brasil Digital, ConectarAGRO, Projeto de inovação regional em Santa Rita do Sapucaí (Prointec), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e Distrito. Além da participação de algumas delas na área de exposição para demonstrar resultados efetivos de seu trabalho, as instituições contribuirão com vasto conteúdo no congresso, que terá como tema central “Brand New World on the Edge – A conectividade e as novas relações pessoas-máquinas”.

A Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom) é a entidade que agrega mais de 80 empresas associadas com objetivo de promover o setor de TIC junto a setores públicos e privados e entidades representativas. A finalidade de seu trabalho está em propagar tendências e inovações, intensificar relações, propor políticas públicas e promover o crescimento do mercado. Uma das principais ações da entidade foi apresentar ao Governo Federal o plano Brasil Digital 2030+, uma proposta para enfrentar os desafios do País em relação à Transformação Digital e reduzir a desigualdade social por meio do acesso e da conectividade. O documento do plano sugere que o brasil tenha uma estratégia a longo prazo para o desenvolvimento e uso das tecnologias digitais, suportando as grandes ambições de desenvolvimento econômico e social do País.

Mais uma relevante participação no Futurecom 2024 é da parceira Distrito, um hub com o propósito de ser um espaço para co-criação entre corporações e startups, um ponto de encontro do ecossistema para eventos e networking, além de um espaço colaborativo para startups, fundos e labs corporativos que tenham sinergia com o Distrito. A ideia do hub é ser uma comunidade de fomento ao empreendedorismo a partir da maior base de Dados da América Latina, que podem ser usados para gerar identificar tendências e oportunidades de negócios.

O IEEE, por exemplo, terá seu Talk Show: tendências tecnológicas para 2025 no primeiro dia (8), às 10h30, no auditório 1 do Future Congress. Participarão dessa sessão Cristiane Pimentel, membro sênior e professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Euclides Chuma, membro sênior e pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Esther Colombini, membro e professora de robótica e Inteligência Artificial e vice-diretora do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Rosa Correa, membro e professora do programa de pós-graduação na Proficam e Ciência dos Materiais da Universidade Federal do Pará (UFPA); e Marcos Simplicio, membro e professor de Engenharia de Computação da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

Às 16h40 do dia 8 de outubro, o agronegócio chega ao Auditório 1 do congresso sob o tema Future Agro: a inovação à disposição do campo, quando os debatedores discutem como a tecnologia está sendo aplicada no campo, entre elas conectividade, IoT, sensores, drones, estratégia de Dados, Gen AI, RFID, Blockchain e tokenização. Participam Paola Campiello, presidente da ConectarAgro; Fernando Degobbi, CEO da CooperCitrus; Ana Margarida Castro Euler, diretora-executiva de negócios da Embrapa; Alexandre Dal Forno, diretor de Desenvolvimento de Mercado IoT & 5G da TIM; e Rodrigo Oliveira, CEO da SOL by RZK.

Já no dia 9, às 15h15, a plenária do congresso recebe o painel Política de Semicondutores: fomento à nova industrialização, que vai abordar o impacto e os desafios da política de semicondutores no Brasil. Quais medidas de desoneração fiscal e investimentos em pesquisa e desenvolvimento podem impulsionar o crescimento deste setor, elevando sua participação no PIB e fortalecendo sua posição global? Como essa política pode catalisar uma nova onda de transformação tecnológica e industrialização no País? As respostas estarão com Israel Guratti, gerente de tecnologia, política industrial e inovação na Abinee; Emilio Loures, diretor de assuntos governamentais da Intel; Marcelo Zuffo, diretor do Centro de Inovação-InovaUSP; e Guilherme Corrêa, diretor do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

No Future Cyber, a discussão sobre como construir um futuro mais seguro e transparente com base na cibersegurança é um dos principais temas, com a contribuição da Abes em seus painéis. Entre eles, IA e o futuro da governança e economia de dados, apresentado por Andriei Gutierrez, vice-presidente da Abes; e Alessandra Monteiro Martins, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Segurança Privacidade e Proteção de Dados (IBRASPD) e fundadora da APA Consulting, no dia 9, às 11h30. Eles vão discorrer sobre a governança de Dados como ponto crucial para impulsionar a transformação digital e melhorar a eficiência dos serviços públicos, o que contribui para a formulação de políticas baseadas em Dados confiáveis e protegidos.

Ainda no dia 9, às 17h, O uso de IA Generativa para Deep Fake terá a participação de Thomaz Corte Real, consultor jurídico da ABES e advogado sócio do escritório M.A.Santos, Côrte Real e Associados; Rafael Costa Abreu, diretor de Fraude e Identidade LATAM; e Rodrigo Scotti, CEO e fundador da Nama e presidente do conselho e co-fundador da Associação Brasileira de Inteligência Artificial (Abria). Em pauta estarão o combate a fraudes e violações de segurança no deep fake; a urgência na regulamentação para proteger a privacidade dos cidadãos, considerando os dilemas éticos e legais e o uso de Dados pessoais como voz e imagem; um selo de autenticação para identificar o uso das ferramentas de IA Generativas; e combate ao cibercrime.

Outros painéis do Future Cyber também contarão com a participação de associações como no dia 10/10, às 15h, Protegendo o Futuro: O Papel da Cibersegurança na Estratégia ESG das Empresas, com Carolina Marzano CCO da Abes; e Eva Pereira, CISO da IBLISS; e o consultor em segurança da informação, Renato Borba.

Congresso Futurecom
Nesta edição, o Congresso Futurecom terá três trilhas de conteúdos e abordará novas verticais como mineração e utilities, que irão se juntar aos setores de agro, varejo, saúde, logística, indústria e governo para apresentar tendências, inovações e soluções sobre o impacto das novas relações homens versus máquinas.

A 24ª edição da feira vai conectar mais de 30 mil profissionais que poderão se atualizar e promover o networking aproveitando o conteúdo do congresso, as reuniões, os debates e a grande exposição, que já conta com grandes marcas confirmadas, o que demonstra a influência do evento para o ecossistema das TICs.

Como destaque na integração do universo TIC, o Futurecom facilita a conexão entre empresas, startups e profissionais de tecnologia. Seu objetivo é oferecer soluções de conectividade e acesso a tecnologias de ponta, além de insights estratégicos para líderes empresariais e empresas inovadoras em diversos setores da economia.

O Futurecom 2024 tem expectativa de superar a edição anterior e levar ao seu evento mais de 250 marcas expositoras, 800 palestrantes e mais de 240 horas de conteúdo disponíveis nas trilhas de conhecimento, em um espaço de cerca de 25 mil metros quadrados.
ANOTE NA AGENDA:

Futurecom 2024
8, 9 e 10 de outubro
São Paulo Expo – Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5
9h às 18h (Congresso) e 10h às 20h (Exposição)
Mais informações e novidades: site e canal digital Futurecom

Política de semicondutores oportunidades e desafios no Brasil

Israel Guratti, Gerente de Tecnologia e Política Industrial da ABINEE

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A importância de uma política de semicondutores no Brasil tem sido amplamente discutida entre autoridades, especialistas e setores industriais.

Cabe lembrar que os semicondutores são componentes essenciais para uma variedade de tecnologias modernas. Entre elas, destacam-se: comunicações, automação industrial, inteligência artificial e veículos autônomos.

Para entender melhor o cenário, entrevistamos Israel Guratti, Gerente de Tecnologia e Política Industrial da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE). Ele falou sobre as necessidades e potenciais impactos de uma política de semicondutores no Brasil. Acompanhe!

A importância de uma política de semicondutores no Brasil

“Uma política de semicondutores no Brasil é vital para impulsionar o desenvolvimento tecnológico em diversas áreas, por exemplo, veículos autônomos, inovações em energia e saúde, fundamentais para a competitividade e inovação em diversos setores da economia,” afirmou Guratti.

Ele destacou que promover a produção nacional de semicondutores pode reduzir a atual dependência de fornecedores estrangeiros.

Além disso, de acordo com o especialista, se o Brasil investir nessa área, serão gerados empregos de alta qualidade em pesquisa e desenvolvimento, design e produção. O impacto dos semicondutores em diferentes áreas

Uma política de semicondutores, se bem conduzida, poderá gerar diversos impactos positivos em áreas como a indústria de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e automativa.

  • Computação e eletrônicos de consumo: “semicondutores são a espinha dorsal de dispositivos eletrônicos como computadores, smartphonestablets, e dispositivos IoT. Eles capacitam o processamento de dados, a comunicação sem fio, a execução de software e a inteligência artificial”.
  • Redes de comunicação: “equipamentos de rede, como roteadores, switches recursos de telecomunicação, dependem de semicondutores para operar. Semicondutores avançados, como os utilizados em tecnologias de 5G, são essenciais para melhorar a largura de banda, a latência e a confiabilidade das redes”;
  • Armazenamento de dados: “chips de memória são essenciais para armazenar e acessar dados em computadores e dispositivos móveis. Eles também são cruciais para servidores em data centers, onde a demanda por capacidade de armazenamento está sempre crescendo”.

Já no que se refere aos impactos na indústria automotiva, Guratti faz os seguintes apontamentos:

  • Controle e segurança: “semicondutores são fundamentais para sistemas de controle em veículos modernos, incluindo unidades de controle do motor, sistemas de freios antibloqueio (ABS), airbags e sistemas de entretenimento e navegação. Além disso, eles desempenham um papel crucial em sistemas de segurança avançados, como câmeras e sensores usados em sistemas de assistência ao motorista”;
  • Eletrificação e veículos autônomos: “com a crescente eletrificação e automação dos veículos, a demanda por semicondutores na indústria automotiva está em ascensão. Os semicondutores são essenciais para sistemas de propulsão elétrica, como baterias e inversores, bem como para sistemas de sensoriamento e processamento de dados em veículos autônomos”;
  • Conectividade e entretenimento: “recursos em veículos modernos, como sistemas de infoentretenimento e navegação por GPS, dependem de semicondutores para funcionar, além dos displays cada vez maiores baseados em tecnologias semicondutoras”.

O plano de ação para a neoindustrialização do Brasil

Guratti também discutiu o Plano de Ação para a Neoindustrialização do Brasil. Para ele, essa é uma iniciativa abrangente que visa impulsionar a indústria brasileira para promover o desenvolvimento econômico sustentável.

“Esse plano inclui setores como manufatura avançada, tecnologia da informação, automação e digitalização,” explicou o representante da ABINEE.

De acordo com Guaratti, algumas das ações do plano são as seguintes:

  • Investimento em infraestrutura tecnológica: “ambientes de colaboração entre empresas, universidades e governo que promovam a inovação e o desenvolvimento de tecnologias avançadas”;
  • Fomento ao empreendedorismo e startups: “políticas para facilitar a criação e o crescimento de startups e empresas de base tecnológica, simplificando processos burocráticos, oferecendo acesso a financiamento e programas de capacitação para empreendedores”;
  • Desenvolvimento de cadeias produtivas locais: “promover a integração das cadeias produtivas, incentivando a produção local de componentes e insumos utilizados na indústria de alta tecnologia para reduzir a dependência de importações e fortalecer a competitividade da indústria brasileira”;
  • Políticas de comércio exterior: “promover as exportações de produtos de alta tecnologia, atrair investimentos estrangeiros para o setor industrial brasileiro, incluir a negociação de acordos comerciais favoráveis e a criação de zonas econômicas especiais para empresas de tecnologia.”

Oportunidade de uma política de semicondutores brasileira

No entendimento de Guaratti, deve-se impulsionar o desenvolvimento econômico e tecnológico do País. Ele acredita que isso melhorará a competitividade da indústria nacional e promoverá a inovação em diversos setores-chave da economia.

“A produção local de semicondutores não só reduzirá a dependência externa, mas também estimulará o desenvolvimento de uma cadeia produtiva local”, finaliza.

Com uma abordagem estratégica, envolvendo governo, indústria e academia, o Brasil pode se posicionar como um player relevante no cenário global de semicondutores. Para isso, é claro, deve-se aproveitar as oportunidades e enfrentar os desafios que essa transformação exige.

Ressuscitar Three Mile Island

  • A Constellation Energy considera reativar a Unidade 1 da usina nuclear de Three Mile Island, desativada em 2019, para fornecer energia para data centers de IA. Esta unidade fica ao lado de onde ocorreu o pior acidente nuclear dos EUA.
  • A demanda por energia dos data centers de IA e seu impacto na rede elétrica dos EUA têm sido alvo de preocupações. Para você ter ideia, a consultoria do setor de energia Grid Strategies estima que essa demanda dobrou entre 2023 e 2024. E a tendência é subir cada vez mais.
     Resultado: proprietários de aproximadamente um terço das usinas nucleares do país têm conversado com empresas de tecnologia para matar a fome por energia dos data centers de IA, segundo o Wall Street Journal.

    Isso fomenta ressuscitar usinas nucleares. Além da possível reativação de Three Mile Island (que levaria anos), espera-se que a usina nuclear de Palisades, em Michigan, esteja em funcionamento até o final de 2025. E a empresa de energia NextEra considera reativar uma usina nuclear em Iowa.

  • Debate sobre segurança: A discussão sobre reativar a usina levanta preocupações sobre segurança e viabilidade. Mas é importante ressaltar que a Unidade 2, onde ocorreu o acidente em 1979, e a Unidade 1 têm proprietários diferentes;
  • Outras usinas nucleares: Além de Three Mile Island, outras usinas nucleares como a de Palisades, em Michigan, e uma usina em Iowa têm sido consideradas para reativação. Isso mostra a tendência nacional de revisitar a energia nuclear como solução para a crescente demanda energética dos data centers de IA.
  • Em 1979, ocorreu um colapso parcial num reator da Unidade 2 da usina nuclear de Three Mile Island, às margens do rio Susquehanna, na Pensilvânia. A Constellation Energy, dona da usina, considera religar o reator da Unidade 1, que fica ao lado da unidade onde o acidente ocorreu, segundo o Washington Post.
  •  A Unidade 1 foi desativada em 20 de setembro de 2019, após iniciar operações em 1974. Na época, divulgou-se que a unidade tinha sido desativada permanentemente.
  • A Constellation Energy comprou a unidade em 2000. Nos anos seguintes, o reator dela gerou energia suficiente para alimentar 800 mil casas por quase dois anos. E suficiente também para “compensar mais de 95 milhões de toneladas de carbono, equivalente a tirar quase 20 milhões de carros da rua”, segundo comunicado publicado no site da Constellation.

Pedro Spadoni  12/07/2024 08h46 Redator Olhar Digital.

O que é Inteligência Artificial Geral?

A Inteligência Artificial Geral ainda é uma teoria — na prática ela não existe atualmente.

A tecnologia existente hoje permite que computadores realizem tarefas específicas: dirijam um carro, joguem jogos complexos ou respondam perguntas elaboradas.

A Inteligência Artificial Geral aproxima os computadores ainda mais dos humanos, com uma capacidade de usar o conhecimento de forma mais abstrata.

“Nós temos muita dificuldade de falar sobre essa inteligência artificial geral, porque ainda não conseguimos nem definir exatamente o que é inteligência. A inteligência artificial seria comparável à humana, mas as máquinas já superam os humanos em muitas atividades”, diz Esther Luna Colombini, professora do Instituto de Computação da Unicamp.

“Elas fazem cálculos muito complexos em tempo recorde, mas não por isso necessariamente elas são mais inteligentes. Ao mesmo tempo, elas são muito ruins para fazer coisas que pra gente parecem triviais, como reconhecer a face de uma pessoa, ou ser capaz de pegar um conceito que você aprendeu e levar isso para outro cenário.”

Essas habilidades mais sofisticadas são justamente o que cientistas da área estão tentando aperfeiçoar.

“A IA Geral vai possuir uma capacidade humana de transformar o conhecimento de uma área para a outra”, explica Ana Cristina Bichara, professora de computação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). “Isso é uma capacidade humana. Por exemplo, um médico que entenda de uma certa especialidade é capaz de usar esses conhecimentos para resolver outro problema médico.”

Além disso, a Inteligência Artificial Geral teria outra habilidade tipicamente humana: a de entender o que ela ainda não entende — e buscar maneiras de se aprofundar nessas lacunas.

“Dependendo de como eu enquadro o problema, eu posso achar uma solução ou não. Se eu reenquadrar o problema, eu posso achar soluções inovadoras em que eu não tinha nem pensado.”

Essa capacidade de abstração de pensamento permitiria que a Inteligência Artificial Geral realizasse tarefas que hoje são impossíveis tanto para humanos como para computadores, como encontrar diagnósticos e planos de tratamento específicos para pacientes a partir da análise de dados médicos. Ou descobrir formas de atacar o problema das mudanças climáticas, também a partir de análises aprofundadas sobre dados já disponíveis hoje.

Diante de um problema científico, a atual inteligência “estreita” só é capaz de realizar experimentos e testar hipóteses de acordo com ideias elaboradas por humanos. Caso houvesse a inteligência artificial geral, que se pretende criar, a própria máquina seria capaz de elaborar hipóteses — algo impensável hoje.

BBC News

Tecnologia de vestir biossimbiótica transmite dados a 24km de distância

Tecnologia de vestir biossimbiótica transmite dados a 24km de distância

Rede de baixo consumo de energia

Já existem vários dispositivos vestíveis no mercado, mas várias tecnologias ainda aguardam nos laboratórios porque a comunicação desses aparelhos de vestir é problemática, ou tendo pequeno alcance ou exigindo baterias que ficam pesadas demais para algo que deveria ser imperceptível.

Por isso impressionou a demonstração feita agora por Tucker Stuart e colegas da Universidade do Arizona, nos EUA.

O aparelho de vestir construído pela equipe consegue enviar dados a até 24 quilômetros de distância, o que é cerca de 2.400 vezes mais longe do que é possível com um roteador de WiFi – e quase sem necessidade de infraestrutura de rede.

Aparelhos ou roupas eletrônicas dotadas de sensores para monitorar sinais biológicos podem desempenhar um papel importante nos cuidados de saúde e no monitoramento de pacientes, fornecendo informações valiosas, em tempo real, que permitem aos profissionais prever, diagnosticar e até tratar uma variedade de condições. A maior parte das aplicações da vida real, contudo, precisa que eles funcionem onde a pessoa vá, e isso exige infraestruturas significativas, como acesso à internet, satélites ou conjuntos de antenas que utilizam os sinais de celulares.

Em contraste, o novo sistema usa uma rede de longa distância de baixo consumo de energia, ou LPWAN (Low Power Wide Area Network), que oferece 2.400 vezes a distância do WiFi e 533 vezes a do Bluetooth. Foi uma ótima demonstração desse tipo de rede, embora o fato de a equipe ter implementado um protocolo proprietário possa diminuir o interesse em seu dispositivo específico.

Juntamente com a implementação desse protocolo, os pesquisadores desenvolveram circuitos e uma antena, que, em dispositivos normais habilitados para o protocolo utilizado é uma espécie de grade que se integra ao dispositivo. Esses recursos eletromagnéticos, eletrônicos e mecânicos permitem enviar dados a um receptor a longa distância.

Para tornar o dispositivo menos intrusivo para o usuário, ele possui um sistema de recarga de suas baterias à distância, com alcance de mais de 2 metros.

equipe chama sua tecnologia de “biossimbiótica”, o que significa que ela é impressa em 3D personalizada para se ajustar ao usuário e permanecer discreta. Usada na parte inferior do antebraço, a “malha” permaneceu no lugar mesmo durante exercícios físicos, além de garantir uma coleta de dados de alta qualidade.

“Nosso dispositivo permite uma operação contínua durante semanas devido ao seu recurso de transferência de energia sem fio para recarga sem interação – tudo realizado em um pequeno pacote que inclui até cálculo integrado de métricas de saúde,” disse o pesquisador Max Farley.

 

CES 2024 Novidades painéis de telefones celulares

A Infinix apresentou na CES 2024 sua revolucionária tecnologia E-Color Shift, permitindo personalização extensa do painel traseiro do celular.

A empresa de tecnologia móvel Infinix revelou hoje (10), na CES 2024, o inovador E-Color Shift. A mais recente tecnologia da marca chinesa permite que os painéis de telefones celulares mudem e mantenham cores vibrantes sem consumir energia.

A tecnologia Infinix E-Color Shift recebeu o prêmio Omdia Innovation Award no ShowStoppers CES 2024 na categoria ‘Tecnologias de Áudio, Comunicações Móveis e Hardware de Entretenimento Residencial’.

infinix

  • A tecnologia E-Color Shift da Infinix, com E Ink Prism 3, revoluciona a personalização de smartphones, permitindo uma extensa personalização do painel traseiro.
  • Essa tecnologia utiliza microestruturas em que partículas de cor carregam cargas positivas e negativas. Ao aplicar diferentes voltagens, o campo elétrico dentro da microestrutura muda, fazendo com que as partículas de cor correspondentes se movam e exibam as cores desejadas.
  • Essa abordagem inovadora permite que a carcaça do telefone mude de cor a qualquer momento, mantendo a exibição sem consumir energia.

ChatGPT projeta robô colhedor de tomates que funciona de verdade

Projetar um robô útil

Engenheiros holandeses e suíços decidiram verificar se, além de escrever poemas, livros, passar em provas ou mesmo fazer revisões falsas de produtos, a plataforma de inteligência artificial ChatGPT poderia ajudá-los em sua própria tarefa: Projetar robôs.

“Queríamos que o ChatGPT projetasse não apenas um robô, mas um que fosse realmente útil,” contou Cosimo Della Santina, da Universidade Tecnológica de Delft, nos Países Baixos.

A equipe selecionou como útil um agrorrobô, um robô que pudesse ajudar no cultivo de alimentos. Conversando com o ChatGPT, eles então tiveram selecionaram o projeto de um robô capaz de colher tomates.

A partir daí, foi a típica conversa entre o interessado e a plataforma de respostas, com o cuidado de seguir sempre as decisões de projeto sugeridas pelo programa, para que se pudesse avaliar melhor como a ferramenta de inteligência artificial pode ajudar a projetar robôs melhores e mais úteis.

Sugestões úteis

O ChatGPT ajudou a especificar o projeto e trouxe melhorias ao robô, sobretudo ampliando as questões envolvidas no projeto para outras áreas de atuação.

“Por exemplo, o programa de bate-papo nos ensinou qual colheita seria economicamente mais valiosa para automatizar,” contou Francesco Stella, da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça.

A ferramenta de IA também apresentou sugestões úteis durante a fase de implementação: “Faça a pinça de silicone ou borracha para evitar esmagar os tomates” e “um motor Dynamixel é a melhor maneira de acionar o robô.”

O resultado dessa parceria entre humanos e IA é um braço robótico que de fato consegue colher tomates em um ambiente de estufa.

Chatgpt projeta robô colhedor de tomatesEngenheiros viraram técnicos

Embora tenha-se falado sobre o cenário mais extremo, no qual a IA forneceria todas as informações para o projeto do robô, e os humanos a seguiriam cegamente, o que se viu nesta pesquisa foi uma abordagem híbrida, ainda que desqualificasse de certa forma o trabalho dos humanos.

O ChatGPT de fato atuou como pesquisador e como engenheiro, enquanto os pesquisadores de carne e osso trabalharam como gerentes do projeto, reservando-se o direito de especificar os objetivos de cada aspecto do projeto.

Segundo a equipe, esse processo de design colaborativo foi positivo e enriquecedor. “No entanto, descobrimos que nosso papel como engenheiros mudou para a execução de tarefas mais técnicas,” disse Stella.

IA que projeta seu próprio corpo

A equipe continuará a usar e melhorar o robô coletor de tomates em suas pesquisas sobre robótica, e também planeja continuar suas interações com o ChatGPT e outros Grandes Modelos de Linguagem (LLM), dos quais ChatGPT é um exemplo, visando projetar novos robôs.

Especificamente, eles estão se voltando agora para a autonomia dos programas de IA para projetar seus próprios corpos: Será que uma ferramenta de IA pode decidir que precisa de um corpo robótico e projetar o que melhor sirva aos seus objetivos?

“Em última análise, uma questão em aberto para o futuro do nosso campo é como as LLMs poderão ser usadas para ajudar os desenvolvedores de robôs sem limitar a criatividade e a inovação necessárias para que a robótica enfrente os desafios do século XXI,” propôs Stella.

Bibliografia:

Artigo: How can LLMs transform the robotic design process?
Autores: Francesco Stella, Cosimo Della Santina, Josie Hughes
Revista: Nature Machine Intelligence
DOI: 10.1038/s42256-023-00669-7

 

Novos recursos do Google tornam os celulares Android ótimos substitutos para carteiras físicas; veja as atualizações anunciadas pela empresa

Nem todas as versões digitais do que está na sua carteira física estão num único lugar no seu celular. Provavelmente, você acessa cartões de convênio, de crédito e de motorista, por exemplo, em aplicativos diferentes. Mas o Google anunciou, nesta semana, atualizações para tornar seu aplicativo Carteira capaz de armazenar tudo isso.

  • O Google anunciou atualizações para seu aplicativo Carteira para permitir que usuários (dos EUA, a princípio) possam guardar mais tipos de “itens” nele;
  • Segundo Jenny Cheng, vice-presidente do Google responsável pelo aplicativo, a empresa está tentando “substituir totalmente todas as coisas que você normalmente teria em sua carteira física”;
  • O primeiro passo da atualização é possibilitar “guardar” a carteira de motorista no app;
  • A atualização vai começar no estado de Maryland e, depois, expandir para Arizona, Colorado e Geórgia;
  • O Google também pretende expandir a capacidade de armazenamento do aplicativo para qualquer coisa com código (de barra ou QR).

Ao fazer isso, disse Jenny Cheng, vice-presidente do Google responsável pelo aplicativo, a empresa está tentando “substituir totalmente todas as coisas que você normalmente teria em sua carteira física”.

Carteira (realmente) virtual

Sempre haverá pessoas que nem sonhariam em deixar suas carteiras em casa. Isso porque há uma certa sensação de segurança sabendo que alguns de seus cartões mais importantes estão guardados com segurança em seu bolso ou bolsa. Mas se você está considerando uma vida em que deixar sua carteira para trás não leva a uma volta rápida para casa, aqui está um guia rápido sobre o que está mudando.

Versões digitais de carteiras de habilitação e identidades se tornaram mais comuns nos últimos anos. Mas ainda estão longe de ser onipresentes. Onde eles existem, geralmente são integrados a aplicativos separados desenvolvidos por estados individuais e parceiros de tecnologia. Porém, isso não impediu alguns dos maiores nomes da tecnologia de tentar dobrar esses IDs diretamente em seus próprios aplicativos.

Para o Google, isso começa no estado de Maryland (EUA), onde todos os moradores podem armazenar uma carteira de habilitação digital na Carteira virtual do Google a partir desta quinta-feira (1º). Existem apenas dois requisitos: o recurso funciona apenas em dispositivos com Android 8.0 ou mais recente e esses dispositivos exigem um bloqueio de tela (PIN ou impressão digital).

 Com o tempo, esse recurso se expandirá para pessoas que moram no Arizona, Colorado e Geórgia, embora exatamente quando as licenças digitais se tornem utilizáveis ​​depende em grande parte de cada estado.
Se o programa de fidelidade do seu restaurante e/ou supermercado favorito não oferecer cartões digitais – ou se você preferir mantê-los em um só lugar no telefone – você poderá tirar fotos de seus códigos de barras e códigos QR e armazená-los no aplicativo Google Carteira. Quando esse recurso for lançado (ainda em 2023), diz Cheng, funcionará para praticamente qualquer coisa que tenha um código de barras.

Além disso, os provedores que fazem parceria com o Google poderão oferecer cartões de seguro digitais que vivem atrás de uma camada extra de proteção. Assim, você terá que inserir seu PIN ou usar sua impressão digital para provar sua identidade mais uma vez antes de exibi-la.

No momento, diz Cheng, a Humana e autoridades tributária, de pagamentos e alfandegária do Reino Unido estão trabalhando para oferecer esses tipos de “passes privados”.

No entanto, se o seu provedor não usar as ferramentas de desenvolvedor do Google, você não poderá importar diretamente seu cartão de seguro físico existente para a Carteira virtual do Google, a menos que tenha um código de barras – e mesmo assim, não ofereceria o mesmo nível extra de proteção que você teria de um passe privado.

Se o seu provedor não oferecer prova digital de seguro, recomenda-se tirar uma foto nítida da frente e do verso do cartão e salvá-la em uma nota bloqueada no aplicativo Notes.

Olhar Digital.

Intel torna a tecnologia mais acessível para pessoas com perda auditiva

A tecnologia é cada vez mais central em todos os aspectos da existência humana. Ela tem o potencial de abrir novas possibilidades poderosas, como ajudar as pessoas a ouvir o que não conseguiriam ouvir sozinhas. Mais de 1,5 bilhão de pessoas em todo o mundo vivem com perda auditiva, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que até 2050 esse número aumentará para mais de 2,5 bilhões de pessoas.

A tecnologia é essencial para ajudar as pessoas com deficiência a viver de forma independente e participar plenamente de todos os aspectos da vida. Dentro da Intel, há um movimento para melhorar a acessibilidade para pessoas com perda auditiva de vários ângulos. Vários projetos estão em andamento para aumentar o acesso a dispositivos assistivos e melhorar sua integração com outras tecnologias.

Os líderes da Intel acreditam que a tecnologia assistiva e a acessibilidade impulsionam a inovação e continuarão a trabalhar para criar uma tecnologia que mude o mundo para melhorar a vida de cada pessoa no planeta

A acessibilidade começa com o acesso e, em grande parte do mundo, o acesso a aparelhos auditivos é proibitivamente caro.

Em colaboração com a Intel e a Accenture, a 3DP4ME está usando a impressão 3D para levar tecnologia assistiva a pessoas em países em desenvolvimento. A 3DP4ME, parceira da Intel RISE Technology Initiative, está atualmente conduzindo seu projeto na Jordânia, fazendo escaneamentos das orelhas de crianças e imprimindo aparelhos auditivos personalizados para elas. A aplicação da impressão 3D aumenta o acesso aos aparelhos auditivos porque é mais rápido e mais barato do que os métodos tradicionais de fabricação.

“Trabalhos anteriores para fornecer aparelhos auditivos para crianças incluíram a fabricação manual de moldes auriculares personalizados. Era um ofício que exigia muito trabalho e você só conseguia fazer quatro ou cinco aparelhos auditivos por dia”, diz Jason Szolomayer, fundador da 3DP4ME. “Houve longos tempos de espera, mesmo depois que as crianças foram testadas. O uso da impressão 3D nos permite ampliar o serviço que oferecemos às famílias e crianças que precisam de aparelhos auditivos”, comentou.

O objetivo é escalar essa capacidade para alcançar milhares de pessoas necessitadas – e, finalmente, democratizar as soluções auditivas em todo o mundo.

O CEO da Intel, Pat Gelsinger, que usa um aparelho auditivo, também está trabalhando para conscientizar sobre a importância da tecnologia acessível.

Melhorando a conectividade do aparelho auditivo com computadores

Como as pessoas usam cada vez mais computadores para atividades sociais, escolares e de trabalho, a tecnologia assistiva deve se integrar perfeitamente aos PCs.

Em colaboração com os principais fornecedores de aparelhos auditivos, a Intel está trabalhando para melhorar a experiência do usuário ao conectar aparelhos auditivos a motebooks. Com a ajuda de funcionários com deficiência auditiva, uma equipe do Intel’s Client Computing Group (CCG) está trabalhando para usar o Bluetooth LE Audio para permitir uma conexão direta entre aparelhos auditivos verificados “Engineered for Intel Evo” e Intel Evo PCs, e para fechar a lacuna de compatibilidade que atualmente limita a capacidade das pessoas de usar seus aparelhos auditivos em seus computadores.

A experiência atual depende de muitos fatores, incluindo o tipo de computador e o tipo de aparelho auditivo, e requer um dispositivo intermediário como um dongle ou caixa dedicada.

Indivíduos que usam aparelhos auditivos normalmente devem participar de reuniões em vários dispositivos, usar legendas para apresentações executadas em uma tela separada e usar um fone de ouvido além do aparelho auditivo. A Intel espera que esta colaboração ajude a melhorar este processo e crie uma conexão sem fio entre aparelhos auditivos e PCs.

Fornecendo uma experiência de áudio mais clara

O Projeto de Acessibilidade CCG da Intel inclui várias iniciativas que vão além da solução de problemas de compatibilidade de aparelhos auditivos. All Ears é uma plataforma de Inteligência Artificial com reconhecimento de ambiente que atua como um assistente de aparelho auditivo Bluetooth LE.

Trabalhar em ambientes compartilhados ou barulhentos pode ser particularmente desafiador para pessoas com deficiência auditiva. Essa tecnologia reconhece sons críticos com os quais o usuário se preocupa e oferece uma notificação visual em sua tela para ruídos que estão acontecendo em seu ambiente, como uma batida na porta ou uma pessoa específica chamando seu nome. Isso permite que o usuário se concentre no que está acontecendo em seu PC enquanto permanece conectado ao som ambiente relevante na sala.

Esses esforços de tecnologia acessível fazem parte do compromisso de longo prazo da Intel com a inclusão. Os líderes da Intel acreditam que a tecnologia assistiva e a acessibilidade impulsionam a inovação e continuarão a trabalhar para criar uma tecnologia que mude o mundo para melhorar a vida de cada pessoa no planeta.

Serviço
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Google anuncia o Bard, sua resposta ao ChatGPT

O CEO do Google, Sundar Pichai, queimou a largada  e anunciou o Bard dois dias antes do Live from Paris, o evento online da empresa focado em IA marcado para esta quarta-feira, 8 de fevereiro.

O chatbot do Google pode ajudar a planejar eventos como um chá de bebê ou dar ideias de refeições a partir do que o usuário tem disponível na geladeira. Imagem: Google/Divulgação
  • O novo “serviço experimental de IA” será capaz de responder perguntas e participar de conversas.
  • O chatbot da gigante de buscas   chega primeiro para um grupo de “testadores oficiais” e será disponibilizado para todos “nas próximas semanas”.
  • O serviço, revelado em uma postagem no blog oficial do Google , é alimentado por “informações da web” e, segundo o Google, pode “fornecer respostas de alta qualidade”.
  • O Bard também consegue responder perguntas sobre eventos recentes, algo que o rival ChatGPT ainda não pode fazer, destacou Pichai.
  • Ainda não ficou muito claro quais serão os outros recursos do Bard, além do uso nas pesquisas. O anúncio meio apressado e a falta de detalhes reforçam os sinais de urgência desencadeados pelo lançamento do bem-sucedido ChatGPT no ano passado.
  • A decisão da OpenAI de disponibilizar o chatbot de graça na web despertou a atenção de milhões de usuários. Embora o Google tenha profundo conhecimento na área de inteligência artificial, a empresa adotava até agora uma abordagem mais cautelosa na hora de compartilhar suas ferramentas com o público.

    A empresa teme uma reação negativa contra modelos de linguagem como o LaMDA, usado no Bard, e o GPT-3.5, que alimenta o ChatGPT, já que ambos podem espalhar conteúdo tóxico e até discurso de ódio, além de afirmar com confiança informações que são falsas.